“Não vou me adaptar”?
A identidade é
Quadrada
I
Sigo milimetricamente os limites desta identidade à procura de bordas. Percorro o contorno de mim mesma. Me corto com as arestas amoladas, que insistem em não se enquadrar, se esquivando nos cantos pontiagudos. Estou plastificada e cheia de bolhas. Bolhas de gás. Minha margem está imperfeita e meu risco é trêmulo.
II
Estou no meio do funil. Cercada, sufocada e suspensa. A qualquer momento sinto que vou chegar ao ralo.
III
A identidade é
Quadrada
Como um balde de lixo.