Salvador é uma mulher... uma linda mulata rechonchuda de olhos de mar. Ela vive escondida pelos becos da cidade e distribui sósias pelos trios elétricos e pelos palanques, mas onde vive mesmo é no fundo de um quintal sorrindo e chorando e pulsando embriagada de vida, de muitos anos de vida. Procuro um endereço para que possa resgatá-la e levá-la para morar comigo, em minha casa. Talvez nos casemos, ainda que não dure, mas faremos filhos, ainda que em formas de grãos, um grão de amor. Nós, mãe e filha separadas, nos evocamos nos dias ensolarados daquele verão pelos cantos da sereia. Desejamos um reencontro imediato e uma nova chance de sabermos de si pela outra.